Domingo, 27 de setembro. Faz um sol intenso, sol de Bangu, calor imenso! Mesmo assim, andando pelas ruas desta minha periferia, vejo a resistência de mães e crianças que percorrem o bairro buscando os tradicionais doces de São Cosme e São Damião.
Décadas atrás, lá estávamos eu e amigos, recebendo o doce agradecimento dos fiés. Disputávamos mais cada saquinho, pois, as restrições religiosas e alimentares eram menos intensas.
Na distribuição do século XXI há um formato mais recente: devotos seguem pelas ruas com seus carros e são eles que procuram quem possa receber a doce prenda. Avisto o encontro de um grupo de mães, avós e crianças com um carro que faz farta distribuição.
O raro momento de generosidade aciona os fluídos de amor, alegria e felicidade, citados na prece umbandista que pede aos “luzeiros espíritos da corte de Oxalá, amados benfeitores, queridos guias que vossos fluidos sacrossantos, recaiam sobre nossas cabeças”.
E nesta semana em que uma cabeça foi estourada pela bala que não é doce, é muito oportuno encontrar pelas ruas os sinais vitais destas forças do bem.
Seja qual for nossa devoção, que nossos dias sejam mais doces. E que seja possível contar com a inocência e simplicidade dos santos meninos acompanhando e protegendo todas as nossas crianças.
Salve o bem! Salvemos vidas de forma mais branda, adoçando a existência de nossas crianças e das crianças grandes que somos!
Na distribuição do século XXI há um formato mais recente: devotos seguem pelas ruas com seus carros e são eles que procuram quem possa receber a doce prenda. Avisto o encontro de um grupo de mães, avós e crianças com um carro que faz farta distribuição.
O raro momento de generosidade aciona os fluídos de amor, alegria e felicidade, citados na prece umbandista que pede aos “luzeiros espíritos da corte de Oxalá, amados benfeitores, queridos guias que vossos fluidos sacrossantos, recaiam sobre nossas cabeças”.
E nesta semana em que uma cabeça foi estourada pela bala que não é doce, é muito oportuno encontrar pelas ruas os sinais vitais destas forças do bem.
Seja qual for nossa devoção, que nossos dias sejam mais doces. E que seja possível contar com a inocência e simplicidade dos santos meninos acompanhando e protegendo todas as nossas crianças.
Salve o bem! Salvemos vidas de forma mais branda, adoçando a existência de nossas crianças e das crianças grandes que somos!
"Cosme e Damião
ResponderExcluirÔ cadê Doum
Cosme e Damião
Vem comer seu caruru"
"Paçoca, suspiro, cocada, jujuba
Quindim, bombom, churros, bomba
Paçoca, suspiro, cocada, jujuba
Quindim, bombom, churros
E vejo o tempo parar
Parar
O tempo pirraça"
Lembro dessas duas músicas neste dia... Vida farta e solidária para todos nós!
Oi Si,
ResponderExcluirTe falo de um arrepio que corre na minha espinha e que me impede de adiar este desabafo, para depois da agenda de hoje.
Te escrevo para dar conta de como os apagamentos da nossa memória de azeviches são tão antigos e tão atuais que eu, assumida africana, não conhecia as raízes dessa tradição que deveria me dizer muito. Vergonhosamente, Oxalá foi-me apresentado apenas como uma palavra da língua portuguesa que significa "Deus queira que..."
A bala que estoirou a cabeça desse outro aí, ontem, persiste silenciando tantas vozes que de alguma forma deveriam ter chegado até nós e não puderam.
Que fazer?
Escrever! Escever para não rir, escrever para não chorar. Escrever para somar à História a nossa ainda Estoria de azeviches.
Matenha txeu.
Managuta
Hoje ao tomar meu café na varanda lá de casa pensei: preciso produzir alguma coisa...quem sabe o tão falado blog. Continuando minha divagação pensei: certamente a Simone deve estar fazendo alguma coisa. Daí...batata: dei de cara com seu blog tinindo de novo!! Gostei muito do que li até agora!!! Parabéns!!! Um beijão!!! Babi.
ResponderExcluir